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Quanto mais camuflado é o bullying, mais devastadores são os seus efeitos. Quando a situação não é percebida e identificada pelo adulto, a criança / jovem fica completamente sozinha e à mercê do seu agressor.

Este tipo de agressão sempre existiu, mas a sua acção destrutiva foi subestimada ou ignorada até surgirem os primeiros casos de suicídio causados por bullying. Só aí se começou a perceber o terror e desespero em que estas crianças vivem.

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Bullying não tem nada a ver com conflitos nem com falta de paciência ou “pavio curto”. Pelo contrário, é agressão ou abuso consciente e intencional. Entre os rapazes manifesta-se frequentemente sob a forma de agressão física. As raparigas usam formas de agressão mais subtis, que forçam a sua vítima ao isolamento social.

“Bully” significa “valentão”, mas estas crianças ou jovens nada têm de valentes ou corajosos. São covardes, maltratando as suas vítimas às escondidas e incentivando ou coagindo outros a fazer o mesmo. O seu “poder” está essencialmente na sua capacidade de convencer a sua vítima de que é mais fraca do que ele (mesmo que o não seja).

 

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Creio que a maior tragédia a nível de bullying, é este não ser identificado como tal. É frequente, mesmo os especialistas não identificarem a situação como bullying, ou chegarem até a pensar que a vítima é o agressor. Por isso, é fundamental conhecer bem as características deste tipo de interacção.

 

 

 

 

Quais as características de uma situação de bullying?

São habituais os insultos, chamar nomes e acusar a vítima de não servir para nada. Esta é constantemente rebaixada, humilhada e envergonhada, por vezes incluíndo também depreciação e calúnias em relação aos membros da sua família. Pode haver ataques físicos contra o corpo ou a propriedade da vítima, por exemplo a danificação ou destruição de material escolar. A vítima pode ser forçada, sob ameaças, a fazer o que não quer, o que é errado ou mesmo ilegal. O bully é especialista em fazer com que a sua vítima pareça ser a culpada.

A nível social, pode haver o espalhar de rumores negativos ou vergonhosos sobre a vítima, o que a leva ao isolamento social. Esta pressão pode ser feita também através das redes sociais (cyberbullying) podendo causar tremendos danos na vida destes jovens.

 

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Que sintomas podemos observar nas crianças alvo de bullying?

É normal a criança começar a não querer ir à escola nem socializar com os amigos. Podem surgir transtormos alimentares, vómitos, dores de barriga ou perturbações do sono. Começa a haver uma tristeza persistente e medos, assim como redução do rendimento escolar.

 

O que podes fazer?

Se o teu filho/a está a enfrentar uma situação de bullying, ele precisa, acima de tudo, do teu apoio e compreensão. Ele precisa de perceber que essa situação NÃO é culpa dele.

Ouve-o e não “dês o desconto”.Numa situação de bullying, o que a criança consegue partilhar não é exagero mas, pelo contrário, uma pequena parte do que na realidade se passa.

Ajuda-o a desenvolverestratégias práticas, que o ajudarão a sentir-se mais seguro e a reduzir as oportunidades de agressão — não andar sozinho em sítios isolados, manter-se afastado do bully, desenvolver amizades com os outros colegas, etc.

 

Muitas destas crianças precisam de ajuda especializada.

Uma vítima, uma pessoa que é alvo de bullying, tende a ter outros relacionamentos abusivos, ao longo da sua vida. Um dos trabalhos de counselling é desenvolver nestas pessoas a capacidade de deixarem de ser um alvo.

 

 

Programa anti-bullying

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Quanto mais pessoas estiverem envolvidas, mais difícil vai ser para o bully continuar a a

gredir outros.

O bullying não pode ser tratado só por “especialistas”. É importante toda a população da escola, tanto os

adultos como os próprios alunos, estar informada acerca das características do bullying. As crianças, os colegas, são os que mais facilmente podem detectar atitudes de agressão. E eles mesmos podem desenvolver a capacidade de a reduzir ou impedir.

 

O LisboaCounselling disponibiliza ensino e treino em estratégias anti-bullying.

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