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Hiperactividade será mesmo uma doença? Um diagnóstico que a criança tem, como se fosse um distúrbio psiquiátrico, que o irá acompanhar ao longo de toda a vida (ou pelo menos durante os anos de estudante)?

 

Em Portugal o Counselling é praticamente inexistente e por isso a nossa perspectiva não tem grande peso na opinião geral; as outras especialidades que trabalham com hiperactividade são unânimes em dizer que isso é uma patologia, de tal forma que até já pediatras, professores, etc. definem como hiperactiva qualquer criança que pareça ter um pouco mais de energia.

 

Fazer um diagnóstico é negativo?

Perceber um problema, não é negativo (principalmente se a intenção for resolvê-lo e não apenas apontá-lo). Mas este diagnóstico de hiperactividade pode ter consequências menos desejáveis. Em primeiro lugar, eu creio que a maioria das crianças que recebem este diagnóstico não tem realmente um problema “clínico”. Ou seja, é natural as crianças terem energia, muito mais do que os adultos. E há crianças que têm mesmo muita energia… e não usam formas eficazes de a gastar. Isso faz com que essa energia extravase e acabe por “tirar os adultos do sério”. Eu percebo o drama disso! Mas chamar-lhe doença não vai reduzir o drama. Aliás, acaba por aumentar o problema. Quando a criança é diagnosticada, as pessoas passam a agir em conformidade com o diagnóstico: os professores tratam-na como problemática, a criança usa o diagnóstico para se desculpar e escapar de tudo o que não lhe convém (parece que as suas dificuldades intelectuais só se manifestam a nível académico e não na sagacidade necessária para inventar esquemas!) e os pais passam a viver no desespero de ter em casa uma criança incontrolável, oscilando entre o desejo de a ajudar e os momentos (frequentes) em que perdem a cabeça, tudo muito bem embrulhado na total falta de esperança de que o problema possa ser resolvido e, frequentemente, ainda com o aditivo de se sentirem culpados pela situação (culpa essa que muitas vezes é incentivada pelas pessoas que estão a “ajudar”).

 

É necessário fazer medicação?

Dizer que o filho toma Ritalina está a tornar-se tão vulgar que eu chego a ouvir esse tipo de comentários no Metro ou no café. A medicação psiquiátrica está a ser dada às crianças com a mesma facilidade com que se dá vitaminas ou outro suplemento. Com a agravante de que muitos desses pais não são informados dos efeitos desse tipo de medicação (numa sociedade em que as pessoas comem antidepressivos como se fossem rebuçados para a tosse, acaba por ser natural que ninguém fique alarmado quando se dá a crianças medicação que vai actuar a nível do sistema nervoso central).

Em algumas crianças poderá obviamente haver um desequilíbrio químico. Mas a maioria apenas precisa de estratégias mais eficazes para lidar com a sua energia e com as situações em que estão a ter dificuldades. O processo passa por desenvolver e treinar novos interesses e competências e não por anestesiar a mente da criança. Uma abordagem positiva, eficaz e mais activa, também vai começar a estimular o cérebro a produzir em maior quantidade os tais químicos que estarão em falta.

 

Como viver com uma criança hiperactiva?

Não adianta ralhar, obrigar, fazer braço de ferro. Este tipo de estratégia é negativa e nada eficaz. Serve apenas para desgastar o relacionamento entre vocês e também a tua saúde mental.

Counselling nunca olha só para “o problema” mas para tudo o que o possa afectar. Nesse sentido, é muito importante os pais procurarem cuidar também de si próprios, tentarem manter-se em boa forma emocional e mental. Precisam de desenvolver a criatividade e a capacidade de improvisar. As estratégias, as formas de lidar com atitudes e comportamentos específicos, não devem ser decididas impulsivamente, no momento em que as emoções estão ao rubro, mas planeadas antecipadamente. Essas estratégias precisam não só de ser respeitosas, mas de fazer sentido (se queres melhorar a estrutura e organização interior do teu filho, precisas de usar uma estrutura lógica, que o “segure” e não que o irrite e desestabilize mais). O alvo não deve ser reprimir, mas sim cativar / desafiar a usar a sua imensa energia e capacidades para desenvolver um percurso mais positivo.

 

Um filho “hiperactivo” pode ser um desgaste tremendo… ou uma oportunidade para desenvolveres a capacidade de ultrapassares os teus limites.

Simplesmente permitires que o tratem como problemático e o controlem à força de drogas é uma opção. Há outras opções. Como pai / mãe, a escolha é tua!

 

Se desejas conhecer e discutir outras abordagens possíveis, contacta-nos! O LisboaCounselling existe para te ajudar a mudar a tua vida.