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Como vimos nos dois artigos anteriores, o equilíbrio (ou não) nos níveis de substâncias químicas e hormonas de que necessitamos, vai afectar a forma como nos sentimos física e emocionalmente. E, por sua vez, a maneira como nos sentimos acaba por afectar muito os nossos relacionamentos, por vezes de formas que não desejaríamos.

Relacionamentos

 

Químicos orgânicos afectam relacionamentos?

Sem dúvida! Quando o nível das nossas endorfinas, por exemplo, está muito baixo, nós temos mais tendência para experimentar sensações negativas, como cansaço, dor, indisposição. Por outro lado, a nossa capacidade de sentir emoções positivas, como o simples prazer de estar com o outro, fica muito reduzida.

 

Consequências negativas

A redução do nosso bem-estar interior, vai alterar a forma como nos relacionamos. Há um maior desinteresse pelo outro e pelos seus assuntos, o que acaba por criar barreiras ou esfriamento num relacionamento que, de outra forma, poderia estar a funcionar sem problemas de maior. Também a paciência é afectada. Quando os nossos químicos positivos descem abaixo do que deviam, tendemos a ficar com o “pavio curto”, com muito maior facilidade para nos irritarmos com coisas pouco importantes, ou para implicarmos com os outros, desenvolvendo um padrão de comunicação cada vez mais negativo.

 

Comunicação também é afectada

Nós somos criaturas de hábitos. E a maioria dos nossos hábitos, ou padrões na forma de agir, são inconscientes. Reduzindo o nosso “conforto” e bem-estar interiores, vamos dar menos importância e menos atenção à forma como falamos, deixando que as palavras nos saiam da boca, sem sensibilidade em relação ao que o outro sente e, por vezes, também sem muita habilidade. Isso acaba por mais facilmente levar a mal entendidos, a interpretar mal o que o outro estava a dizer, a imaginar e esperar o pior.

 

Numa área que já é difícil por natureza — os relacionamentos interpessoais — deixar que o bem estar físico/químico seja mais um factor a ter uma influência negativa, pode acabar por levar ao desgaste e ruptura de alguns desses relacionamentos. O nível de cansaço, o desconforto físico, o desinteresse e falta de paciência, acabam por tirar aquilo que poderia ser uma ferramenta para a recuperação desse equilíbrio químico. Ou seja, as nossas relações com outros são afectadas pelos baixos níveis de químicos positivos. Mas, por outro lado, esses mesmos relacionamentos, quando positivos, podem ajudar a produzir esses químicos de que tanto necessitamos.

 

Nós somos seres sociais. Precisamos de nos relacionar uns com os outros. E quando percebemos aquilo que não está a funcionar bem nos nossos relacionamentos, fica mais fácil lidar com isso e alterar a situação.

 

Já vimos como estes químicos positivos são essenciais para desenvolveres um estilo de vida positivo, saudável e equilibrado. A forma mais comum de obter esse equilíbrio químico é através de medicação, principalmente a nível de antidepressivos.

Mas… será possível fazeres com que o teu próprio corpo produza os químicos de que necessita, em vez de usares os de laboratório? No próximo artigo vamos ver alguns hábitos práticos e simples que podes desenvolver para teres a tua própria “produção” química.