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Não focamos na análise do problema, mas na sua resolução. Não olhamos para o problema como um obstáculo, mas como um desafio a ser resolvido ou ultrapassado.

 

Qual a diferença? Quais as consequências?  

Focar no problema aumenta o poder deste. Enquanto partilhamos mais detalhes, vamos lembrando mais, avivando a ferida. Em algumas situações pode até ser anti-ético ou aumentar o risco para o nosso cliente. Por exemplo, em casos de abuso físico ou psicológico, querer saber todos os detalhes, apenas serve para satisfazer uma curiosidade mórbida de quem está a ajudar. São situações com aspectos não só de dor mas também de embaraço e vergonha, e é uma violência querer que uma vítima dessa situação volte a reviver, a relembrar e, pior do que tudo, a ter que falar disso com um estranho. Em situações de risco, como depressão profunda ou tendências suicidas, procurar pesquisar a situação em profundidade pode aumentar muito o risco, numa pessoa que ainda não tem a estrutura interior para lidar com essas emoções.

 

Não é preciso perceber o problema?! 

Frequentemente me perguntam: “Mas então, não temos que perceber o problema, para depois o conseguirmos resolver?” Não! De forma nenhuma! Podemos começar a resolver aquilo que já está à vista, os aspetos mais óbvios ou dolorosos e, à medida que avançamos, vamos percebendo outros aspectos que precisam de ser mudados.

A abordagem no LisboaCounselling é sempre de fora para dentro. Ou seja, começamos a abordar e mudar os aspectos mais leves, enquanto desenvolvemos o fortalecimento interior do nosso cliente e as competências que ele vai precisar para mudar a sua situação. Procuramos começar a promover o alívio desde a primeira sessão. Isso vai reduzir o desgaste que o problema causou, a dor, criando um espaço para recarregar baterias. Em simultâneo, vamos treinando competências específicas que o cliente vai colocando a uso, no início de forma leve e sem risco e, à medida que ele vai ficando mais à vontade com essas ferramentas, vamos investindo nos aspectos mais profundos ou complexos do problema.

 

Eficácia  

Este trabalho de alívio, auto-capacitação e desenvolvimento de ferramentas específicas, torna o nosso trabalho muito ativo e focado, permitindo que o problema seja resolvido mais rapidamente e com menos danos colaterais, uma vez que todo o planeamento de estratégia tem sempre um grande foco no baixo risco – cada passo só é dado quando o cliente já tem as ferramentas e capacidade para isso, estando sempre conscientes dos riscos e de como lidar com eles.

Nas primeiras fases do nosso trabalho, há todo um processo de “desinchar”. Uma grande parte do sofrimento do nosso cliente, é provocado pela repetição, pelo desgaste, pelo foco constante no problema, seja em situações pessoais ou clínicas, seja em conflitos. À medida que se trabalha o alívio e se desenvolve a capacidade de mudar o foco (de deixar de pensar no problema a tempo inteiro), essa dor acumulada vai também diminuindo.  O cliente fica mais leve, menos oprimido, mais capaz de avançar no seu percurso de mudança. Neste processo de investir no alívio e nas novas competências, desaparece grande parte do problema. Numa última fase, com um cliente que já conseguiu mudar muita coisa, já sabe que é possível, já sabe como se faz, já não está atolado no pântano da dor e da falta de esperança, podemos então abordar o “problema residual”, aspectos mais graves ou dolorosos que ainda persistam.

 

Prioridades 

A importância relativa das coisas muda bastante ao longo deste processo. O cliente desenvolve uma nova noção do que é importante, aprende a identificar “the big picture” e a distinguir isto de outros aspectos que fazem parte da nossa vida mas que são menos importantes e que devem ser tratados como tal. Frequentemente eu oiço um cliente meu usar a palavra “irrelevante” para situações que no início do nosso trabalho conjunto lhe tinham parecido muito graves, mas que agora são vistas como pouco importantes.

Isto leva a que haja uma rearrumação de prioridades. A pessoa deixa tanto de “colocar tudo no mesmo saco”, como de ir fazendo à medida que se lembra ou vai conseguindo. Em vez disso, passa a perceber a importância relativa de cada assunto, a arrumá-lo de acordo com o seu grau de prioridade e a planear a estratégia para lidar com ele.

Com o trabalho de counselling, deixas de viver ao sabor da maré e das circunstâncias e passas a gerir a tua vida de forma intencional e mais positiva.