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São as tarefas, as ferramentas que usamos, que vão começar a criar a mudança desejada. O cliente vai desenvolvendo um percurso em direção ao alvo que deseja, seja a nível de desenvolvimento pessoal, performance ou para curar uma situação clínica.

As sessões normalmente são semanais e as tarefas feitas ao longo da semana. Apesar de não focarmos na análise do problema, focamos bastante em perceber a sua dinâmica. As tarefas são planeadas para interromper ou alterar essa dinâmica.

Vamos ver alguns exemplos de situações.

 

Ansiedade

Como é que ela funciona? Que percurso faz?

A ansiedade provoca aceleração respiratória, cardíaca e do ritmo das ondas cerebrais, o que vai gerar mais ansiedade, num círculo vicioso que pode estar a funcionar quase a tempo inteiro. Então, uma das primeiras estratégias, é começar a fazer o percurso inverso ao da ansiedade, começar a desacelerar o corpo e a mente, a segurar o pensamento, a interromper essa espiral destrutiva (que pode levar a um ataque de pânico). Para isso, podemos usar uma meditação de respiração, começando a torná-la mais lenta e mais profunda, o que vai desacelerar o ritmo cardíaco; e focando nas sensações do ar a entrar e sair, de forma muito tranquila, vai começar também a segurar a mente e reduzir o turbilhão dos pensamentos.

Usamos outras estratégias, como a redução do cortisol (que tem um papel importante no agravar da ansiedade) e produção de hormonas positivas, que vão aumentar o bem-estar e ajudar a gerir melhor as emoções.

É importante identificar os triggers, elementos que vão desencadear crises de ansiedade ou agravar a ansiedade latente, e planear ferramentas específicas para os desativar. O cliente aprende a interromper essa espiral em que já entrou, a criar uma pequena pausa, uns segundos, para conseguir desligar o modo do impulso e ligar o modo racional, intencional. É desenvolvida uma tranquilidade interior, mas que não é molenguice nem baixo rendimento. Com a tranquilidade, é também desenvolvido um maior foco, eficácia, performance.

 

Depressão

Aqui, há um grande desequilíbrio bioquímico, grandes níveis de cortisol e baixíssimos das hormonas positivas. O cliente, começa desde a primeira sessão a trabalhar para restabelecer esse equilíbrio.

Um dos aspetos, em depressões graves, é a total incapacidade de sentir prazer, seja no que for. Muitas pessoas que chegam até mim, já não se lembram como é sentir prazer, ou dar uma gargalhada. Tudo isso foi desativado, talvez mesmo há muito tempo.

Essa pessoa não vai conseguir sentir prazer no sentido de emoções positivas ou agradáveis. Então, temos que ir a um nível mais baixo, mais simples – vamos começar por usar apenas o corpo físico (não as emoções); vamos começar por desenvolver a capacidade de sentir algumas coisas, ao nível dos sentidos: a visão, a audição, o olfato, o tato, o paladar. Vamos ajudar o cliente a trazer o seu foco, por uns breves instantes, ao momento presente, real. Quando a pessoa deprimida consegue sentir e observar algo que está a ouvir, por exemplo, ou a saborear, através dessa sensação física conseguimos criar uma pequena pausa na dor emocional, abrir uma janela na sua mente. Isso pode parecer muito simples, ou demasiado básico mas, para muitas pessoas é uma tarefa extremamente difícil. É uma tarefa que vai ajudar a pessoa a tirar a sua mente do buraco negro, da angústia permanente, e a trazê-la para a realidade do momento presente; por outro lado, vai ter um papel fundamental na produção da serotonina, endorfina, dopamina, das hormonas positivas de que ela precisa para sair da depressão.

Para além de ajudar o cliente a desenvolver esses momentos em que está fora da dor emocional, e que vão sendo cada vez mais alargados, para ultrapassar um quadro de depressão, é necessário trabalhar outras áreas:

– o piloto automático, os pensamentos destrutivos – o cliente aprende a gerir o seu cenário mental, a decidir o que quer ou não ter na sua mente (os pensamentos negativos e opressivos estão na base das emoções negativas)

– motivação – esta é um dos grandes desafios para um deprimido. Então, é fundamental trabalhar ferramentas de motivação suficientemente eficazes para o ajudarem a começar o caminho de saída. Depois, os resultados, o alívio que vai alcançando, vão também sendo usados como ferramentas de motivação e de consolidação das mudanças conseguidas.

– auto-imagem – substituir a auto-imagem normalmente muito distorcida, por uma visão de si próprio realista, positiva e equilibrada; por uma auto-aceitação e valorização.

– empoderamento – trabalhamos a sua capacidade de agir de forma cada vez mais autónoma e de tomar consciência do prazer que essas pequenas vitórias (às vezes não tão pequenas) lhe trazem.

 

Conflitos

O trabalho com conflitos, passa muito por ajudar a pessoa a sair do modo do impulso e “ligar” o modo racional. O cliente aprende a fazer uma pequena pausa, respirar, gerir todas aquelas emoções e vontades negativas e a ligar o modo racional do seu cérebro, a pensar o que quer naquela situação, como pode fazer para ter esse resultado, qual a sua resposta mais adequada tendo em conta o problema; aprende a perceber a importância ou gravidade do que aconteceu, em vez de reagir com o mesmo impulso demolidor tanto em coisas graves como em coisas que não têm qualquer importância.

Aprende a expressar o que é importante, mas sem gritar nem colocar pressão sobre os outros. Aprende a definir limites, se for caso disso, mas sempre sem ser pela força (a força, normalmente, não é eficaz).

E ao mesmo tempo que trabalhamos os temas e as formas de lidar com os conflitos, sempre trabalhamos também o estreitar da relação. Apenas definir limites, não permitir determinadas atitudes do outro, investir muito em mudar o que não se quer, pode levar a um afastamento do outro e a criar “muros” entre as pessoas. Então, sempre que estou a trabalhar relacionamentos difíceis, e à medida que vou desenvolvendo com o cliente estratégias para lidar com o conflito, vamos estar também a investir em estreitar o relacionamento e promover a proximidade (isto é feito nos momentos de não briga, claro).

 

Em cada problema

Nós ensinamos o que está a acontecer nas suas várias áreas e como podemos criar um percurso diferente.

Ensinamos a produzir os bioquímicos / hormonas que estão em défice e a reduzir os tóxicos que estão em excesso.

Ensinamos a perceber como o problema funciona a nível neurológico, a identificar e desativar triggers, a criar novos programas mentais e a desativar os velhos e disfuncionais (neuroprogramação).

Ajudamos a prever, gerir ou evitar crises e, sempre que necessário, a criar planos SOS para lidar com riscos ou situações difíceis específicas.

Em cada área, cada pequeno alvo é alcançado através das tarefas que o cliente vai estar a fazer ao longo da semana.

 

Em counselling, o papel do cliente é tão fundamental como o meu. É ele quem vai criar a mudança na sua vida, passo a passo.

Aqui, podes desenvolver as competências para alcançares a mudança ou alvo que desejas.