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As ferramentas de Mindfulness estão à nossa volta. Só precisas de as conhecer e começar a usar.

No fundo, o Mindfulness não é mais do que viveres de forma mais consciente e intencional, reduzindo o excesso de estímulos, a mente atulhada, desgastada.

 

Informal

Para tirares maior proveito dele, precisas de o praticar de uma maneira muito informal. Não serve de muito estares numas sessões a desenvolver uma grande tranquilidade e depois vires cá para fora, para o mundo que continua igual e ao qual continuas a reagir das mesmas velhas formas.

Podes praticar o Mindfulness sempre que não estás a fazer trabalho mental. Por exemplo, durante o teu dia de trabalho, podes fazer umas breves pausas em que trazes a tua consciência para a respiração, desligas a mente do trabalho que estás a fazer. Pode ser só dois ou três minutos. Podes levantar-te e olhar pela janela e ver com atenção, observar, ouvir os sons. Essas pequenas pausas reduzem o teu desgaste, recarregam um pouco as tuas baterias, ajudam-te a voltares para o trabalho em melhor forma.

Ou no trânsito, aproveitar os semáforos para fazer algumas respirações mais conscientes, vai ajudar-te a ficares menos impaciente ou irritado, a melhorar o foco, a reduzir a probabilidade de acidentes.

 

Sentidos

Podes usar os sentidos na maioria das atividades que fazes. Quando te deslocas de um lugar para outro, podes estar a observar o que vês, o que ouves, os cheiros, o tipo de chão que pisas.

Nas tarefas de casa, em vez de teres a mente a deambular sabe-se lá por onde, ou de teres a televisão ligada a tempo inteiro (atulhando ainda mais a tua mente), podes focar na tarefa que estás a fazer, observando, sentindo o toque das roupas, da água fresca quando lavas as mãos; nos alimentos que estás a preparar podes observar as cores, as formas, os cheiros, a textura,…

Em pequenas pausas, podes apenas apreciar esse momento, o sabor de um chá ou de um copo de água fresca, a sensação do teu corpo quando pára uns momentos e relaxa, o som de pássaros a cantar lá fora, de vozes.

Começa a desenvolver essa capacidade de estares uns momentos sem estímulo mental, sem écrans, sem barulho, deixar a tua mente descansar um pouco e começar a aperceber-se de quantas coisas há à tua volta para observares. Essas coisas banais que parecem não ter qualquer importância, é essa leveza, essa facilidade em as usar, que as vai tornar em ferramentas eficazes.

 

Silêncio

Há coisas que não vais conseguir “ouvir” se não criares silêncio à tua volta. Começa a criar momentos de silêncio, a reduzir o barulho mental constante. Por exemplo se estás em contacto com a natureza, faz uma pausa nos pensamentos e nas tecnologias. Aproveita para apenas observares, apreciares e usufruíres disso. Treina a ficar confortável com o silêncio, a perceber como isso pode ser tão agradável, aquele momento só teu, um momento de bem-estar e recarregar de baterias.

 

E quando não tens tempo?

Talvez estejas sobrecarregado a tempo inteiro, ou com muita pressão que outros colocam sobre ti. Talvez não consigas mesmo fazer pausas, não te seja “permitido”.

Então, precisas de usar as tuas pausas minúsculas. Elas já existem; precisas de as identificar. Por exemplo, quando bebes um pouco de água no trabalho. Podes fazer isso continuando a olhar para o écran, a trabalhar… ou podes fazer uma pausa mental. Durante uns momentos, sente apenas o sabor da água, a temperatura, a sensação dela a deslizar pela tua garganta. Em vez de continuares a pensar no que te está a sobrecarregar, ou a irritar, a bloquear, cria uma breve pausa. Isso começará a fazer toda a diferença no teu dia.

Aproveita quando vais à casa de banho, toma consciência da sensação de alívio, do toque da água a lavar as mãos, do sabão, da toalha a secá-las… ouve o som da água a correr.

Quando estás a comer, em algumas dentadas toma mesmo consciência do sabor, da temperatura, textura, cores…

Ao vestires-te, sente o toque da roupa, o seu cheiro… o aroma do teu perfume…

Quando estás uns momentos à espera, no elevador, no semáforo, sentado no teu transporte, começa a desenvolver a habilidade de criar essas pequenas pausas mentais. Não é mente vazia, de forma nenhuma. É mente totalmente focada mas em algo tão leve que, em vez de cansar mais, vai ajudar a relaxar e descansar.

As pequenas pausas existem, ao longo do dia. A tendência natural, pode ser pegares no telemóvel e passeares pelas redes sociais, mensagens, achando que estás a descansar. Não é verdade! Estás a cansar mais a tua mente e a deixar criar dentro de ti emoções, normalmente inconscientes, e que só vão reduzir ainda mais o teu bem-estar. Em vez disso, aproveita para desligares das tecnologias e trazeres a tua mente para um modo intencional, no momento presente.

 

Ferramentas de SOS

Uma das características da nossa abordagem é o desenvolvimento da autonomia do cliente. Isso inclui, necessariamente, ferramentas e planos para lidar com crises, com picos emocionais, com situações graves ou delicadas que possam surgir. O cliente desenvolve a capacidade de fazer a sua própria auto-gestão.

Parte das estratégias usadas nesses planos, são ferramentas de Mindfulness.

Pico de ansiedade ou ataque de pânico – podes usar a respiração para começar a reduzir a aceleração interior; usar um dos sentidos para agarrares a mente e começares a sair da espiral descontrolada em que o pensamento entrou.

Ira, acesso de raiva – criar uma pausa na mente (esta capacidade tem que estar treinada), uns segundos ou breves minutos, que permita desligar o modo do impulso, de ter a resposta destrutiva que lhe é habitual, e ligar o modo racional, a capacidade de decidir o que quer fazer ou dizer naquela situação.

Compartimentar – numa emergência, ter a capacidade de compartimentar, de desligar tudo o que não é necessário naquele momento, e focar toda a sua energia mental em resolver o problema. Ou pelo contrário, numa crise de ansiedade ou angústia provocada por determinado tema, conseguir compartimentar, desligar esse tema temporariamente para recuperar o bem-estar, e voltar a ele quando tiver capacidade para o resolver ou lidar com ele.

 

O uso de Mindfulness passa por treino de ferramentas. Mas elas vão sendo incorporadas, como um estilo de vida, algo que nos traz bem-estar, que nos ajuda a funcionar melhor e que acaba por ser tão natural como bebermos um copo de água. A sua prática regular, vai melhorar a nossa saúde física, mental e emocional; aumenta o nosso bem-estar e a nossa performance; torna-nos mais capazes de lidar com os desafios e obstáculos que vão surgindo no nosso percurso; ajuda-nos a melhorar as nossas relações com os outros.

Começa a praticar e a observar os resultados visíveis que vais conseguindo.

 

Se desejas desenvolver uma prática orientada e planeada especificamente para ti, contacta-nos. Iremos ajudar-te a criar um novo, mais saudável, eficaz e prazeroso estilo de vida.