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“Só porque fiz asneira, agora qualquer coisa que aconteça, acham logo que fui eu!”

Este é um desabafo comum daquele que está a tentar mudar e se sente injustiçado porque ninguém acredita nele… mas também daquele que quer simplesmente que os outros baixem a guarda para voltar a enganá-los.

 

Saldo negativo

Recuperar a confiança não é um evento, mas um processo. Não basta ter uma conversa, em que tudo se esclarece, em que prometes não voltar a fazer o mesmo.

O nosso cérebro está planeado para evitar o perigo. Ele tenta proteger-se de algo que ele já viu que foi mau. Isso acontece no nosso processamento interior, não ao nível da consciência. O cérebro faz isso, mesmo sem nos apercebermos. Então, a análise que o nosso inconsciente faz, não tem a ver só com aquele momento, mas com tudo o que já aconteceu antes.

Se fizeste algo de grave, vais ter que te esforçar muito mais do que se estivesses no zero, no neutro. O cérebro da outra pessoa vai estar alerta, mesmo sem ele se aperceber ou até sem ele querer. E qualquer pequeno deslize, só leva o cérebro do outro, na sua área inconsciente, a confirmar que afinal não és de confiança. O teu “saldo” volta a ficar mais negativo; o teu esforço para ganhar a confiança, tem que ser outra vez maior.

 

O que fazer?

Uma das opções, muito comum, é continuar a fazer o errado. Já que ninguém confia em ti, não vale a pena esforçares-te.

Mas quanto mais longo o caminho no que é errado, mais difícil será fazeres um percurso de retorno e mais longo será esse percurso. Podes pensar que não te interessa. Mas, será? Essa opção tem custos. Mantém a tua “fama”, impedindo-te de desenvolveres um ambiente de proximidade e confiança. E tem consequências também a nível do teu bem-estar mental, emocional e mesmo da tua saúde física.

Muitos pensam que enganar os outros é ser mais esperto, é parte do seu charme. Mas na verdade, enganar, é simplesmente viveres uma vida de um nível muito mais baixo do que tens capacidade.

 

Como merecer de novo?

É um desafio! Implica fazeres o que é certo, mesmo que ninguém acredite; continuares a agir correto, mesmo que ninguém reconheça. A tua motivação, não pode ser a opinião dos outros, mas o que queres construir em ti próprio.

O maior desafio, será resistires à tentação de fazer o que é errado, porque os outros acham que é isso que vais fazer. Pode parecer absurdo, mas esta é uma nossa tendência muito comum; inconsciente e impulsiva, sem dúvida, mas que existe em nós.

Mas quando começas a mudar as tuas atitudes, de forma intencional e consistente, começas a desenvolver uma vida com mais qualidade, com menos “jogos”. Esse caminho começa a ser mais fácil e a fluir com mais naturalidade. Pouco a pouco, os outros começam a voltar a confiar em ti.

É um percurso! Não vai acontecer de uma só vez. Pode parecer-te longo, demorado. Em vez de focares nas dificuldades que te desmotivarão, podes decidir usar este percurso para treinar em ti novas competências e capacidades. Podes usar este percurso para o teu próprio crescimento pessoal.

 

Resiliência

Esta é fundamental em qualquer tipo de mudança. É a capacidade de estares bem, mesmo quando as coisas não estão como queres. É uma decisão.

Podes estar bem, mesmo quando os outros (ainda) não acreditam em ti. Fica muito mais fácil agires bem porque isso é a tua escolha, em vez de ser para teres a aprovação dos outros. Esta é uma mudança mais sustentável a longo prazo, não dependeres da motivação que recebes dos outros, não quereres sempre que os outros te compreendam, te motivem, ou mesmo que sejam justos contigo. A resiliência é desenvolvida nos momentos de adversidade. Ela nasce da tua determinação em criar um percurso de vida alinhado com aquilo em que crês e o que queres para ti.

 

Se sentes a incompreensão ou falta de confiança dos outros e gostarias de desenvolver relações mais significativas e de confiança, contacta-nos! Iremos ajudar-te a desenvolver essa mudança.