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O que tens perdido nestes últimos tempos?

Atualmente, perdas são um dos temas mais presentes na nossa vida.

Com a pandemia, perda do trabalho, da estabilidade financeira; devido a guerras ou conflitos, pessoas são forçadas a mudar de país, deixar a sua vida normal, deixar muitos dos seus bens; perda de saúde, da capacidade de estar bem; perda de pessoas queridas que morreram ou tiveram de partir.

 

As perdas são inevitáveis

As perdas são reais e muitas vezes dramáticas. São inúmeras as situações. Seja por doenças, pandemia, guerra, as perdas são algo “normal”, fazem parte de vivermos neste mundo tão avariado.

Muitas situações podem ser previstas, evitadas, o impacto reduzido. Outras desabam em cima de nós de forma inesperada, descontrolada e impossível de lhes escapar. De uma forma ou de outra, o tema “perdas” sempre acaba por chegar a nós. A tua situação pode parecer-te devastadora, única; mas entenderes que é uma situação que acontece e já aconteceu a muitas outras pessoas, ajuda-te a perceber melhor como podes lidar com esse problema e o que podes fazer para lhe sobreviver.

 

É a forma como lidas com as tuas perdas que vai fazer a diferença.

A Post-Traumatic Stress Disorder (PTSD) é o resultado de se viver situações traumáticas.

No entanto, o “trauma” tem muito a ver com a visão e com o padrão de pensamento. Não quero parecer insensível ou que desvalorizo a tua dor, o teu trauma. A tua situação é real e talvez seja dramática. Mas o custo da perda, qualquer que ela seja, é terrivelmente inflacionado por uma gestão negativa da situação, pelo teu mindset, pela forma como lidas com o que está a acontecer.

 

 

Presos no trauma

A consciência da gravidade da situação, da injustiça, da dor que ela está a causar; o ter esse tema no pensamento a tempo inteiro, numa espiral de angústia, desespero ou raiva que sempre se repete, num ciclo vicioso ininterrupto. Este tipo de gestão negativa – que é o normal numa situação de perda – leva a um efeito dominó em que os nossos mecanismos de auto-proteção são ativados, naturalmente, mas no modo do impulso, sem serem intencionais ou planeados. O nosso pensamento fica colado nesse tema, sem conseguir ter uma pausa ou uns momentos de alívio; as emoções ficam mais opressivas, levando a um rápido desgaste interior; a visão torna-se mais negativa e podes perder completamente a capacidade de identificar o positivo que ainda tens; usufruíres desse positivo torna-se impossível ou até é sentido como errado (como podes estar a usufruir de alguma coisa boa quando estás com um problema tão grave?).

Todo este estado mental e emocional leva o corpo a produzir um cocktail de bioquímicos / hormonas extremamente tóxico. A capacidade de chegar aos outros, de ser um apoio, diminui ou deixa de existir. A capacidade de fazer uma gestão mais positiva ou de sair dessa crise, vai desaparecendo.

O que te amarra no trauma, não é o problema em si mas a forma como o estás a gerir.

 

Casos

Por questões de segurança, o Charles e a família tiveram de deixar o seu país. Deixaram para trás a maior parte dos seus bens. Vieram de uma situação sócio-económica muito privilegiada, para outra em que mal conseguiam pagar as contas. Tiveram de se adaptar a uma nova terra, nova cultura, nova língua. Sem amigos, sem dinheiro para extras, foram-se fechando. O relacionamento entre o casal foi ficando mais difícil, cada um a lutar pela sua sobrevivência de forma diferente.

 

A Rafaela tinha quatro filhos pequenos. Num acidente terrível, um deles morreu. Ela ficou devastada e fechou-se na sua dor. Os outros três filhos, que tinham perdido o irmão, na prática também deixaram de ter uma mãe.

 

Com a pandemia, o Saul perdeu o emprego. Em início de carreira, com o casamento marcado para daí a alguns meses, mas sem qualquer estabilidade financeira, o que pode fazer? Como lidar com tudo isso? Como tomar decisões num cenário totalmente imprevisível?

 

A Paula perdeu o marido com COVID. Teve de lidar com a dor da sua perda, tentar suavizar a dor dos filhos, ainda pequenos; teve de aprender a gerir todas as rotinas sozinha.

 

Post-Traumatic Growth

Uma grande perda pode deixar-te devastado. Mas, em vez de ficares amarrado no trauma, de permitires que ele te roube a alegria e a vida, podes aprender não só a ultrapassá-lo, a sair dessa dor, mas a usares esse processo para cresceres e te tornares uma pessoa melhor e com mais capacidades.

 

Se sentes que as tuas dores ou perdas estão demasiado esmagadoras, contacta-nos. Iremos ajudar-te a criar um novo caminho de vida.