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Muitos distúrbios mentais e emocionais são causados por mágoas, por algo de grave que aconteceu, que trouxe dor, ressentimento, injustiça. No entanto, o que causa toda a tua dor, talvez de anos ou mesmo de décadas, não foi o evento em si, por muito grave que tenha sido, mas a forma como o sentiste, como lidaste com isso.

O que te fizeram foi demasiado grave.

Foi tão grave, que não podes perdoar! Mas perdão só é necessário, quando foi algo demasiado grave, algo imperdoável. Menos do que isso, é algo que te incomoda durante uns tempos e depois passa. Mas quando é uma atitude devastadora, o tempo não cura. Quando foi algo que provocou profundas feridas e destruição, só através do perdão podes curar a tua dor.

Podes pensar que na tua situação isso é impossível, que nunca conseguirás perdoar. Mas, deixa-me dizer-te: É possível! Eu já estive aí, já percorri o caminho de perdoar o imperdoável, já não carrego esse fardo, já saí. Já ajudei muitas pessoas a fazer o percurso do perdão. E por isso acredito que tu também podes sair dessa dor, e que eu posso ajudar-te a encontrar essa libertação e paz interior.

Podes ter razão na tua dor, mas queres continuar a viver amarrado por essa pessoa, ou queres libertar-te e começar a construir a tua vida de novo?

Ele/a não merece.

Em muitos casos, a outra pessoa até nos pede perdão, até o merece.

Mas, e quando não merece? Quando não está arrependido, quando nos fez mal de forma intencional? Quando o continua a fazer?

No fundo, não queres perdoar, não é justo, não é correto, é contra natura. Mas, enquanto não perdoas, estás a permitir que essa pessoa continue a maltratar-te. De cada vez que te lembras, que sofres com isso, é como se ele/a voltasse a fazer o mesmo, mas sem sequer ter esse trabalho.

Não é justo!

Claro que não é justo. Perdão não tem nada a ver com justiça. É precisamente o oposto, o abrir mão da justiça, o desistir dela e daquilo que ela não consegue resolver.

Mesmo que seja uma questão abrangida pela lei, que vá a tribunal, que o juiz aplique alguma pena ao teu ofensor, isso não vai efetuar o teu perdão, não vai ser suficiente, a tua dor vai continuar.

Perdoar, é cancelar uma dívida.

Se o que te fizeram foi grave, há uma “dívida” real, um prejuízo, talvez muito grande, que te foi causado. Perdoar, passa por decidires que o prejuízo não vai continuar a crescer, que não seja maior do que já é.

A amargura, desejo de justiça ou de vingança, consome-te, destrói-te pelo teu interior, rouba-te a saúde, a alegria, a vida. Só tu podes decidir largar esse peso, em vez de continuares a carregá-lo. Para isso, precisas de decidir cancelar essa dívida, já não a cobrar mais. É uma decisão!

O benefício é para quem perdoa

És tu, ao perdoares, que vais resgatar a tua vida de novo, que vais deixar de viver debaixo daquele fardo terrível; que vais deixar de estar controlado a tempo inteiro pelas memórias e pela dor.

Na verdade, o teu ofensor pode nem vir a saber que lhe perdoaste.

O teu perdão não depende do outro

Não precisas que o outro esteja arrependido nem que perceba quanto te maltratou. Não tens de continuar a depender dele para o que fazes com a tua vida. Tu podes escolher perdoar e fazê-lo, quer ele o saiba, ou queira, ou não.

Se não sinto vontade de perdoar, isso não será hipocrisia?

Perdão não é uma emoção, não tens de sentir vontade. Perdão é uma determinação, um “basta de destruição em mim, basta de dor, de memórias, de choro, de noites sem dormir. Basta de continuar a pagar por algo que alguém me fez!”

Como é que o teu perdão pode ser uma libertação para ti? Pensa em como a tua vida seria se pudesses eliminar essa fatia, esse trauma. Qual seria o proveito?

Se gostarias de saber como podemos ajudar-te a fazer esse percurso, contacta-nos.