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O nosso cérebro é incrivelmente eficaz, tanto no seu funcionamento como na gestão da energia. Seguir padrões que se repetem, sem ser necessário pensar nem planear, é uma estratégia que poupa imensa energia. A maioria daquilo que fazemos, sentimos ou as nossas respostas e reações, são padrões – nós tendemos a fazer sempre da mesma maneira.

Desenvolver músculos

Da mesma forma que acontece com os músculos físicos, também com os músculos mentais são mais fortalecidos aqueles que são mais usados. E isso acontece ao longo de toda a nossa vida. Nós sempre estamos a fortalecer grupos de “músculos” mentais, sejam os habituais, sejam novos músculos quando estamos a mudar hábitos.

Neuroplasticidade

O nosso cérebro é extremamente plástico, moldável e mudável. Nós não temos de viver a vida inteira presos em padrões que não queremos, não temos de permanecer na ideia de que “sou mesmo assim”. Sendo o cérebro um órgão mudável, qualquer hábito ou padrão pode ser mudado ou desativado.

“Programas” mentais

Muitos dos programas mentais foram criados intencionalmente. Por exemplo, aprender a escrever. Era difícil quando começaste, desenhavas as letras com todo o cuidado, e agora consegues escrever até sem olhar. O cérebro criou esse programa. O mesmo acontece com outras coisas, como o colocar a chave na fechadura. As primeiras vezes que usas uma fechadura nova, tens de ver e enfiar a chave com cuidado, mas depois torna-se um movimento automático e preciso.

No entanto, muitos dos nossos programas mentais foram desenvolvidos de forma inconsciente, como é o caso da nossa reação a situações que não gostamos, a conflitos, e mesmo a nossa auto-regulação, gestão de tempo e emoções, entre muitos outros temas que funcionam no piloto-automático. Por não terem sido planeados, muitos destes programas são negativos ou disfuncionais, e levam-nos a agir, pensar ou sentir de formas que nos prejudicam.

Conexão corpo – cérebro

Em counselling usamos o corpo físico para alcançarmos mudança e resolução dos problemas, como fazem algumas outras terapias, mas de maneira menos formal e rígida. Ou seja, em vez de levarmos o cliente a seguir um programa pré-definido e igual para todos, vamos escolhendo e moldando as ferramentas à medida de cada pessoa e situação. Há conceitos e técnicas de base, mas que são moldados e adaptados, passo a passo.

Autonomia

Toda esta plasticidade, esta capacidade de ir gerindo e escolhendo o que fazer, é treinada também no nosso cliente. Ele não só é ajudado a resolver o seu problema, mas aprende como se resolvem ou mudam áreas e até como se lida com situações imprevistas, como pode criar um espaço mental para ele próprio sair da reação automática e planear o que quer fazer. Ele aprende a identificar as ferramentas que lhe são mais úteis em cada momento e a fortalecê-las e usá-las.

Novos percursos

Mudar hábitos, significa criar novos percursos mentais. De cada vez que há um estímulo ou ação, há um determinado percurso de estímulos elétricos através de conexões entre as células nervosas. Ao criarmos uma reação ou emoção diferente, estamos a desviar esse percurso, criando uma nova rede de células e conexões. Estamos a criar um novo trilho no cérebro e passamos a fortalecer esses músculos mentais que nos dão a resposta que queremos.

Mudança, para ser sustentável a longo prazo, tem de passar por esta neuro-reprogramação, por este criar e implementar novos padrões. Os músculos mentais que estiveres a alimentar e fortalecer, são aqueles que vão ser ativados quando precisares dessa área ou tema. Podes usar mais os músculos de ansiedade, medo, preocupação, angústia, ou por outro lado, músculos que te levem a ter respostas e ações mais equilibradas. Tu tens a possibilidade de escolher a forma como queres gerir a tua vida, nas suas diferentes áreas.

Que tipo de músculos mentais queres alimentar?