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Fala-se muito em mudança de dentro para fora. No entanto, o percurso que fazemos na LisboaCounselling é o oposto, de fora para dentro. E porquê? Basicamente porque eu não acredito na eficácia da mudança a partir do interior.

Por exemplo, se tens problemas com a falta de paciência, se de cada vez que te chateiam tendes a dizer ou fazer o que não queres, será muito difícil (e demorado) mudares o teu coração para nesses momentos não teres vontade de te irritar. É muito mais eficaz aprenderes e implementares ferramentas para conseguires ter respostas mais positivas e equilibradas. E à medida que vais conseguindo reagir como achas melhor, em vez de te deixares controlar pelo impulso, o teu coração começa a mudar, a raiva e todas as outras emoções negativas começam a diminuir.

Ou seja, trabalhamos a partir da superfície, para alcançarmos mudança em profundidade.

Terapia somática

Apesar de em counselling usarmos o corpo, há muitos anos, como parte das nossas ferramentas de mudança e reprogramação, nestes últimos três ou quatro anos tem havido um maior desenvolvimento da terapia somática, mesmo para lidar com situações graves, como traumas.

Tomar consciência das sensações físicas, juntamente com as emoções, ajuda a aumentar a nossa capacidade de auto-regulação, ajuda a não se estar tão esmagado pela dor emocional. Apenas tomar consciência das emoções, analisar a dor, pode justificar e validar as nossas respostas negativas, mantendo-nos numa posição de vítimas e dificultando o nosso percurso de resolução.

Um lugar de maior poder

Muitas das áreas que precisamos de mudar estão ligadas a emoções. E a dificuldade de fazer essas mudanças que desejamos, tem a sua base também nas emoções. No entanto, não funciona tentar mudar a emoção. Se te sentes ansioso, não basta decidires ficar calmo. Mas podes tomar consciência das sensações físicas ligadas à emoção e aliviá-las. Por exemplo, se sentes um aperto no peito, podes começar a trabalhar o conforto nessa área, respirando mais lentamente durante alguns minutos, ou massajando suavemente essa região. Isso vai reduzir o aperto, essa zona começa a ficar mais confortável e, como não vamos estar a alimentar a emoção, ela começa também a seguir o percurso das sensações físicas. Isso ajuda a regular a resposta do sistema nervoso de um lugar de maior poder e controlo, quando estás perante triggers. Quando algo desencadeia a resposta, a emoção fica mais fácil de ser gerida.

Como mudar hábitos usando o corpo?

Planeia o que queres mudar. Começa por algo não muito difícil, para ires treinando mudança e ficando mais hábil em a alcançar. Lembra-te que, para conseguires mudança, precisas de planear o que queres e não o que não queres. Por exemplo, se queres começar a ser pontual, planeia estratégias para isso e não para não chegares atrasado. Apesar de o objetivo ser o mesmo, o tipo de mensagem mandado para o cérebro, é muito diferente.

Planeia detalhes que sejam agradáveis, fisicamente. Se queres levantar da cama logo ao primeiro toque, planeia na véspera a primeira coisa que vais fazer. Pode ser tomar um duche revigorante, espreguiçar e fazer uns alongamentos, comer um pequeno-almoço que gostes. Juntares algo agradável ao novo hábito que queres implementar, vai facilitar bastante o processo.

O segundo passo é fazeres o caminho. Mesmo que não te apeteça, faz o que planeaste. E se algumas vezes falhas, recomeça a fazer (podes ir ajustando as estratégias para te ajudar a cumprir o teu plano). A mudança, a nível da neuroplasticidade, acontece pelo treino, pelo uso, pela repetição do mesmo novo padrão. Isso precisa de ser consistente, senão não haverá automatização.

E como reforço, continuando a fazer o caminho através do corpo físico, vamos usar um bioquímico, uma hormona – a dopamina. De cada vez que cumprires o que planeaste, celebra interiormente. Toma consciência de que conseguiste, faz um tick no calendário, de alguma forma diz a ti próprio “consegui!”. Isso vai fazer com que o teu corpo produza um pequeno shot de dopamina, a hormona da motivação, que vai ajudar-te a continuares a fazer o percurso.

Com a repetição, o novo hábito vai sendo automatizado, até se tornar algo natural.

Que hábito gostarias de mudar? Ou que problema queres resolver?
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